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Projeto no Ceará recebe certificado da ONU por combate à desertificação

27 de junho de 2014 - 17:19

Recuperação de área degradada em Jaguaribe é iniciativa da Funceme e do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima

A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) certifica, todos os anos, através do programa Dryland Champions, iniciativas que se destacam em todo o mundo no enfrentamento à degradação da terra. Neste ano, um dos certificados será recebido pelo Projeto “Recuperação de Área Degradada em Processo de Desertificação na Sub-Bacia Hidrográfica do Riacho do Brum no Município de Jaguaribe-CE”, que está sendo executado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), através de Convênio com o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima – FNMC.

A cerimônia de entrega dos certificados acontecerá em Brasília, no dia 16 de junho, e também marca as celebrações do Dia Mundial de Combate à Desertificação, 17 de junho. O Projeto em execução em Jaguaribe é resultado dos estudos da Funceme no Município desde 2009, quando a instituição publicou um trabalho mais detalhado da região, que mostrou um avançado processo de degradação. O projeto piloto de recuperação compreende uma área de 5ha, já bastante degradada, sem uso e com elevando nível de erosão. Em 2014, foram iniciadas as intervenções de manejo sustentável com a participação da comunidade.

Áreas degradadas

O projeto premiado pela UNCCD acontece em um dos Núcleos de Desertificação do Estado do Ceará, numa área indicada, por estudos técnicos (PAE-CE, 2010 e FUNCEME, 2009), como em processo de desertificação e já começam a dar resultados satisfatórios. A Funceme realiza estudos e acompanha os processos de desertificação no Estado desde 1990, tendo realizado os primeiros mapeamentos que identificaram as Áreas Susceptíveis à Desertificação no Ceará.

Segundo Margareth Carvalho, supervisora do Núcleo de Meio Ambiente da Funceme, na Sub-Bacia Hidrográfica do Riacho do Brum, no Município de Jaguaribe-CE, já foram feitos barramentos de contenção de sedimentos e terraços. “Já percebemos um acúmulo de umidade no solo e o ressurgimento de algumas espécies vegetais herbáceas no local”, comemora. Porém, ela diz que essas são apenas as primeiras intervenções. “Faltam ainda a implementação das técnicas de escarificação, sulcamento e a aplicação da serapilheira, que é uma técnica de restauração da vida biológica em áreas degradadas, que promove, após determinado período, a melhoria dos atributos físicos e químicos do solo, além de sua recuperação no que concerne a vida microbiana e da cobertura vegetal.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Funceme
2 de junho de 2014