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Quadro de estiagem se agrava em todos os estados do Nordeste

19 de setembro de 2016 - 13:27

No Ceará, quase 60% do território apresenta seca extrema ou seca excepcional

Nos meses de julho e agosto, os mapas publicados pelo Monitor de Secas do Nordeste – MSNE (ferramenta coordenada pela Agência Nacional das Águas – ANA com participação de várias instituições estaduais) mostraram que não há mais nenhuma área da Região sem estiagem, mesmo que em níveis leves. A situação se agrava na imagem mais atual, referente a agosto de 2016 e publicada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) no dia 15 de setembro: as áreas com maior severidade de seca se expandiram em cinco estados: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.  

No Ceará, quase 60% do território apresenta seca extrema ou seca excepcional, respectivamente os dois níveis mais severos de estiagem apontados pelo MSNE. Quase todo o Cariri e parte dos Sertões Central e dos Inhamuns estão com seca excepcional, a mais grave. A notícia ainda pode ser pior, pois segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) o quadro da estiagem tende a se intensificar até dezembro no Estado, pois as chuvas neste período quase não ocorrem e a radiação solar elevada nesta época do ano traz mais calor e consequente evaporação para os açudes já em níveis críticos.

O mapa do Monitor de Secas pode ser acompanhado mensalmente na página http://monitordesecas.ana.gov.br/, junto com a descrição do processo de elaboração, incluindo indicadores e evidências. É possível visualizar a progressão da situação da seca em cinco categorias: excepcional, extrema, grave, moderada e fraca. O mapa também identifica e delimita as áreas de impactos de curto e longo prazo. A ferramenta visa ajudar quem convive com a escassez de oferta hídrica, melhorando a compreensão do fenômeno e da sua evolução, assim como orientado ações para mitigar os efeitos adversos.

O Monitor de Secas é um instrumento de monitoramento que mostra a magnitude da seca no Nordeste e seus impactos, cujo principal produto é um mapa mensal que acompanha a situação da seca, disponibilizando as informações de forma ilustrativa, depois de validadas por técnicos locais que vivenciam a seca em seu cotidiano. O mapa leva em consideração dados de monitoramento e os impactos concretos no abastecimento, agricultura e pecuária, dentre outras áreas, para apresentar o retrato mais recente e fiel possível da seca de maneira periódica.

Fonte: Assessoria de comunicação da Funceme
19 de setembro de 2016