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Funceme mapeia espelhos d’água no CE com mais detalhamento e precisão

29 de setembro de 2016 - 13:50

Foram identificados 28.195 açudes e lagoas no Estado

Como resultado de um trabalho criterioso e minucioso, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) concluiu, neste mês, o Mapeamento dos Espelhos D’água das 12 bacias hidrográficas do Ceará no ano de 2013. Foram considerados açudes e lagoas com área mínima de 0,3 hectare, o que significa um nível de detalhamento inédito no Estado e com precisão exata de localização, já que todos os espelhos identificados estão georreferenciados.

No mapeamento foram identificados, localizados e medidos 28.195 espelhos d’água encontrados nas imagens dos satélites LandSat 5 e 8 entre os meses de agosto e setembro de 2013. O resultado é um Mapa do Ceará com milhares de pontos azuis, tendo essencial relevância para a gestão de recursos hídricos, agricultura e Defesa Civil. Para dar uma noção de como a nova escala de 0,3 hectare é mais precisa, o mapeamento anterior realizado pela Funceme, com data de 2008, foi feito considerando espelhos d’água com áreas mínimas de 5 hectares.

Agora que foi criada a máscara mais detalhada para o mapeamento de 2013, a Funceme terá mais rapidez na atualização do mapeamento e já espera publicar o Mapa com os espelhos d´’agua de 2016 ainda no fim deste ano. “O mapeamento por bacias precisa ser sistemático para compreendermos a evolução e a resiliência de cada um dos reservatórios do Estado. Deu muito trabalho fazer o de 2013 com esse nível mais detalhado de imagem, mas agora temos a tecnologia para fazer as atualizações mais rapidamente”, explica Margareth Carvalho, gerente do Núcleo de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Funceme.

A melhoria na precisão do mapeamento é importante porque permite a identificação dos pequenos açudes ou barragens que podem impactar nos grandes reservatórios tanto na seca como nas enchentes. “A localização dos açudes menores que secaram durante a seca pode ser um bom indicador para perfuração de poços. Por outro lado, numa eventual enchente, as pequenas barragens podem arrombar e assorear ou prejudicar os maiores. Por estes e outros motivos, entendemos a importância de compartilhar esse mapeamento com as instituições parceiras”.

A tendência é de que o mapeamento de 2016, já iniciado, terá uma quantidade menor que os 28.195 espelhos d’água identificados em 2013, por consequência da seca prolongada. “A sobreposição dos mapas vai nos permitir análises mais precisas sobre a evolução de cada espelho d’água em situações críticas, melhorando assim nossa capacidade de orientar decisões técnicas”, finaliza Margareth.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Funceme
29 de setembro de 2016