Funceme apresenta contribuições sobre desertificação, solos e resiliência climática durante a COP 30
21 de novembro de 2025 - 14:59 #cop30 #desertificao

Na COP, Funceme reforça seu papel como referência científica sobre desertificação e mudanças climáticas no Brasil (FOTO: Divulgação/MCTI)
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) marcou presença na COP 30 com participações em três mesas de discussão dedicadas à desertificação, ao papel dos solos e à resiliência climática. As intervenções ocorreram na Casa da Ciência, no Museu Emílio Goeldi, e no Espaço França, na Zona Azul do evento, reunindo pesquisadores e representantes internacionais.
A primeira mesa tratou da desertificação e destacou o trabalho desenvolvido pela Funceme no monitoramento e na recuperação de áreas degradadas no Semiárido. “Apresentei o trabalho da Funceme, o monitoramento, o combate e a recuperação de áreas degradadas, além dos elementos que formam uma política de enfrentamento à desertificação”, afirmou o presidente da instituição, Eduardo Sávio Martins. Segundo ele, foram discutidos aspectos físicos, indicadores, fauna, “algo que a gente produziu recentemente”, e a importância do envolvimento comunitário nesses processos.
Martins também destacou os desafios ligados ao financiamento das ações. “Nós temos restrições importantes em termos de financiamento, mas existem iniciativas como o Sertão Vivo e experiências desde os anos 1990, como o Progeri, que mostram caminhos possíveis”, explicou.

Edurado Sávio Martins, discute sobre projetos na área do clima (FOTO: Divulgação/MCTI)
A segunda participação da Funceme ocorreu no Espaço França, ao lado de pesquisadores como Jean-Luc Chotte, presidente do Comitê Científico Francês de Combate à Desertificação. Na ocasião, Martins foi convidado a apresentar as recomendações da 3ª E-Site para a COP 30. “Entramos também numa discussão sobre o papel e a importância dos solos na recuperação de áreas degradadas”, destacou.
A terceira mesa, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), retomou o debate na Casa da Ciência, com foco na resiliência climática frente ao aumento dos extremos climáticos. “O contexto você pode pegar pelo título da mesa e pela descrição dos documentos, mas tratamos essencialmente da resiliência climática diante de um mundo em mudança”, explicou Martins.
Antes das mesas, a Funceme também integrou a caravana científica em Araçuaí, que discutiu durante quatro dias uma agenda de cooperação tripartite entre África, Brasil e França. “O objetivo foi construir uma agenda sul-sul-norte para responder aos problemas dos territórios”, ressaltou o presidente.
Com essas contribuições, a Funceme reforça seu papel como referência científica sobre desertificação e mudanças climáticas no Brasil, ampliando a cooperação internacional e levando para a COP 30 a experiência acumulada no Semiárido.